A quarentena durante a pandemia do novo coronavírus também tem impactado negativamente a vida dos pets. ONGs de diferentes partes do Brasil relatam que o número de animais abandonados aumentou durante esse período, assim como os maus-tratos.
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Desemprego, diminuição da renda, mudança de casa, término do casamento e até medo de contrair o novo coronavírus são os argumentos dados pelas pessoas para abandonar seus pets. E esse cenário não se resume apenas a cães e gatos, mas também a cavalos, coelhos e outros animais.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, as instituições relatam um aumento de até seis vezes no número de abandonos. Não existem dados oficiais no Brasil sobre esse tema. A Associação Protetora dos Animais (ProAnima), do Distrito Federal, por exemplo, apontou que houve um crescimento de 60% no número de pessoas que querem se desfazer de seus animais de estimação. A instituição também diz que os relatos de maus-tratos ocorrem principalmente em famílias com histórico de violência doméstica.
Ainda segundo a reportagem, o Garra Animal, que cuida de 350 animais abandonados no Rio de Janeiro, calcula que o número de pedidos por socorro diários cresceu de 170 a mais de 700. Em um único dia, a instituição registrou o abandono de seis cavalos.
Segundo dados do Instituto Pet Brasil (IPB), a população pet no Brasil é composta por cerca de 140 milhões, entre cães, gatos, peixes, aves, répteis e pequenos mamíferos. Os cachorros são maioria (54,2 milhões), seguidos pelos gatos (23,9 milhões). Desses, 3,9 milhões (2,7 milhões de cães e 1,2 milhões de gatos) estão em condição de vulnerabilidade.
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